sábado, 14 de julho de 2012

A Abóboda - Alexandre Herculano

A Abóboda - Alexandre Herculano


Autor: Alexandre Herculano

Resumo do livro:

A Abóbada do Mosteiro da Batalha é o centro deste conto. O arquiteto Afonso Domingues, que lutou para por D. João I no trono, está construindo um mosteiro e projetou uma abóbada incrível. Mas em 1401 ele fica cego e el-rei, aconselhado por seus conselheiros, chama um arquiteto irlandês, mestre Ouguet, para concluir o projeto. Ele altera o projeto da abóbada e, logo após a compleição desta, a abóbada desaba sobre ele enquanto ele estava tendo um ataque. El-rei chama Afonso, reconstitui-lhe o emprego e este o aceita após muitas desculpas. Ele então passa três dias de jejum sob a abóbada e morre quando conclui que a abóbada tal como a projetou não cairá. Ouguet, que ria do velho cego, torna-se seu admirador. O que transparece nesse conto é principalmente o nacionalismo de Herculano: o português honrado e que fora guerreiro estava certo, e o estrangeiro arrogante (bretão, ainda por cima) estava errado e arrepende-se humildemente no finaL


ANDREIA CAETANO

Resumo do livro:

A Normalista - Adolfo Caminha

A Normalista, considerada obra "libidinosa", quando de seu lançamento, ajusta-se perfeitamente às propostas do Determinismo. João da Mata desfruta sexualmente de sua afilhada. Maria da Mata, moça ingênua, de uma excepcional brandura de caráter, educada em uma casa de caridade e depois normalista. Pressionada pelo instinto sexual e por circunstâncias superiores à sua vontade, Maria do Carmo entrega-se ao padrinho, submetendo-se totalmente à lascivia de João da Mata.

Neste romance, a normalista Maria do Carmo é o pretexto para Adolfo Caminha apresentar aos leitores sua visão da Fortaleza de final do século XIX. De um lado, o povo miúdo: o pequeno funcionário público, a mulher que vendia rendas, o barbeiro, o guarda-livros, o lenhador e o alferes. Na outra banda, o governador da província, o coronel Souza Nunes, seu filho Zuza - estudante de direito - o jornalista José Pereira, o diretor e os professores da escola normal. A fraqueza do nexo lógico sentimental ou de qualquer natureza entre as várias peripécias da vida de Maria do Carmo sugere que Adolfo Caminha não conta simplesmente a história dela para distrair seus leitores: é a propósito da vida da normalista que ele vai delineando quadros da vida da capital cearense: uma aula na escola normal, o footing no passeio público, uma festa de casamento, um serão familiar etc.

Nesta espécie de painel de costumes, o autor parece querer demonstrar ao leitor toda a mesquinha sordidez da vida social na Fortaleza de seu tempo.

O mau humor para com a cidade é transparente, e costuma ser apontado pelos críticos e biógrafos de Adolfo Caminha como uma espécie de vingança: o autor jamais teria perdoado seus conterrâneos por estes lhe terem criticado os amores adúlteros e escancarados com a mulher de um colega.

Enredo

A normalista conta a história de João da Mata, um amanuense de Fortaleza que recebe a incumbência de criar a sua afilhada, Maria do Carmo.

Maria do Carmo é uma menina do ïnterior que foge da seca com sua namília e, por conta da morte da mãe e da migração do pai, passa a viver na casa de seu padrinho, o Sr. João da Mata, amigado com Dona Terezinha. educada em colégio de orientação religiosa até tornar-se aluna da Escola Normal, ocasião em que se revela, aos olhos sedentos do padrinho, uma mulher já madura em seus atributos de feminilidade e extremamente atraente.

Inicia, contra a vontade de João da Mata que se mortifica de ciúmes, um namoro com Zuza, jovem estudante de Direito, filho de um dos coronéis da cidade. A relação, que a princípio tem a possibilidade de levar a um compromisso mais sério, é comentada maliciosamente em toda a cidade, e provoca a desaprovação do pai do rapaz, que exige o seu imediato retorno a Recife para concluir seus estudos.

Enquanto isso, João da Mata, que planeja um meio de conseguir seduzir a afilhada, rompe as relações com dona Terezinha, pois esta desconfiava de suas intenções, e hostiliza cada vez mais o Zuza. Uma noite, entra sorrateiramenté no quarto de Maria do Carmo e, fazer do uso de argumentos enganosos e valendo-se da situação propícia em que se encontravam, consegue o que queria.

Maria engravida, e tem que se afastar da cidade para evitar um escândalo maior, esperando o nascimento do bebê em uma casa isolada de uns amigos de João da Mata. O seu filho, em decorrência de um acidente durante o parto, morre. Apesar comentários de toda a sociedade de Fortaleza, a normalista; retoma sua vida de sempre e é redimida pela mesma sociedade ao preparar-se para o casamento com o alferes Coutinho.

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